segunda-feira, 22 de março de 2010

Sombras



Transpiro .

Quando o meu outro eu tenta complicar meus passos.

É como ver um filme de vultos a preto e branco.

Transpiro .

Pelo silêncio de terror macabro e infinito.

Quando gritos meus consomem o melhor de mim.

Transpiro .

Por esta estrada sem principio nem fim.

São pedaços de mim espalhados pelo esfalto.

Transpiro.

Quando consigo sorrir com o escorrer de uma lágrima.

E dou as boas-vindas á terna solidão.

José

( foto de olhares .com )

5 comentários:

filipa disse...

Como afirmou um poeta: "eu sou o meu pior inimigo, não tenho outro".
Por vezes acabamos por nos derrotar a nós mesmos, sem precisarmos que alguém nos deite abaixo...
Não dês as boas-vindas à solidão... porque por muito que te envolva, a solidão raramente é terna.


Beijo*

Simpatia disse...

Simplesmente...
...extraordinário.

Beijos com simpatia, mais tarde venho ler em pormenor.

Anónimo disse...

Nunca ninguém está sozinho. Há sempre alguém, em algum lugar, que se sente só também. Basta que queiramos e saibamos procurar e dividir essa solidão.BJ Ni

Helena disse...

Vim visitar o poeta, sentir o balanço das suas palavras.
Deixo rasto do meu novo endereço.
Deixo beijos também ;)

Maria Oliveira disse...

Todos nós mais tarde ou mais cedo temos um encontro marcado com nós próprios e com a nossa consciência...
Não estamos sós...
será o confronto com nós mesmos que dói! Mas é um exercício inteligível que tem obrigatoriamente de se fazer!

Continuo a espreitar a sua consciência de quando em vez no seu processo de evolução interior.

Abraço
Continuo à espera de outros passos em frente...