segunda-feira, 30 de abril de 2007

Divinal..

Um acto de pureza extrema...


Instinto único de sobrevivência...


Momentos perduráveis na tua existência




Jose

( foto de Paula Oliveira )

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Em... Fogo


Quero purificar
minha alma
com o veneno
do teu doce sangue.

Quero mergulhar
minha mente
no interior secreto
do teu belo sexo.

Quero ter a visão
das entranhas
cegas de onde possa
voltar um dia a nascer.

Quero regressar
puro e despido
dos medos e lutar
sem as amarras do pudor.




José


( foto de Kazuo Okubo )

sábado, 14 de abril de 2007

Êxtase


Soltei a minha secreta infame anarquia



Nos teus lábios



José



( foto de Mariam )

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Feliz...Encontro...Fatal


Acordo estou vivo! Está ausente o meu inchaço matinal.~
Já morreu há muito esta parte de mim.

Olho e vejo:

O sinal da foice negra
Maldita e perversa
Há espera de dar
O golpe fatal.

Arrasto esta carcaça velha em direcção da imunda sanita do prazer, minha mente defecta sexos desconhecidos que em tempos possui, sexos que para mim sempre foram como ruas sem nome.

Olho e vejo:

O sinal da foice negra
Maldita e perversa
Há espera de dar
O golpe fatal.

Acendo um cigarro. Será o último? Não sei nem quero saber.
Como é paciente a paz verdadeira desta espera.

Olho e vejo:

O sinal da foice negra
Maldita e perversa
Há espera de dar
O golpe fatal.




José



( foto de João Viegas )


sexta-feira, 6 de abril de 2007

Escravo.. De.. Mim


Nossos corpos juntos
Tu distante de mim
beijo teus lábios frios
não sinto o calor dos meus.

Fazes sexo comigo
sem uma palavra
de afecto e desejo
o silêncio é teu prazer.

Usas meu corpo
sou o alimento
do teu voraz apetite
e nada de nada dás.

Sou fraco não consigo
libertar-me das tuas
garras, desejo sem
limites o teu veneno.

Um dia vou sofrer
com a liberdade
do teu abandono
em total silêncio.



José



( foto de Alba Luna )

quinta-feira, 5 de abril de 2007

O... Regresso


No fundo da calçada sorris, com um jeito de malícia no olhar vens junto a mim como uma flor embalada pelo vento e roubas-me um beijo, foi um momento fugaz, sublime, antes que eu possa tomar uma atitude.
Foges!
Ainda sinto o peso do sabor doce de uma lágrima tua!
Fechas a porta.
Continuam a ser sonhos adormecidos numa gaveta sem fundo, perdidos num tempo já longínquo.
Volto a pisar as calçadas, ainda não consigo entender o que faço ali ao fim de tantos anos, ainda sinto a essência da sobrevivência, percorro labirintos de medo que outrora foram oásis de sonhos.
Sinto-me novamente o menino, o adolescente, finalmente o homem.
Suspiro profundamente, era esta a viagem que estava com necessidade de percorrer novamente.
No fundo da calçada, sorris com máscara que foi a tua vida, vens junto a mim como uma flor sem vida, roubas-me um beijo, foi um momento de dor, fico preso ao teu olhar de eterna tristeza.
Foges!
Sinto o peso do sabor amargo de uma lágrima tua!
Fechas a porta.




José

( foto de Graça )