domingo, 26 de dezembro de 2010

Sabores ll

Ontem quando sai do teu corpo
Abracei a escuridão a pensar
Em tudo que fizemos.
Ponho sempre a mesma musica
A pensar em ti
Bebemos do mesmo copo
O sabor de nós.
Trago teu cheiro entre os dedos
Cheiro devagar e cada dedo
Tem uma palavra de mistério
Do teu corpo.
Nada se perde nem ganha
Simplesmente somos nós
Na entrega final.
José
( foto do site olhares .com )

domingo, 19 de dezembro de 2010

Sabores

Já cansei de fugir enganar

o que sinto na memoria

dos teus dedos sobre mim.




O teu nome em fogo desenhado

na minha pele é reflexo da noite

que não tem pressa de passar.




Misteriosamente sem saber

os passos que dou e invento

volto sempre sedento de ti.




  • José

( foto do site olhares.com)





segunda-feira, 22 de março de 2010

Sombras



Transpiro .

Quando o meu outro eu tenta complicar meus passos.

É como ver um filme de vultos a preto e branco.

Transpiro .

Pelo silêncio de terror macabro e infinito.

Quando gritos meus consomem o melhor de mim.

Transpiro .

Por esta estrada sem principio nem fim.

São pedaços de mim espalhados pelo esfalto.

Transpiro.

Quando consigo sorrir com o escorrer de uma lágrima.

E dou as boas-vindas á terna solidão.

José

( foto de olhares .com )

domingo, 7 de março de 2010

Atalhos

Passei por ti como
Um sonho agridoce.
Deixei ficar sinais
Inapagaveis na tua pele.
Juntei pedaços da tua alma
Sorriste meia perdida como
A noite sem madrugada.
A verdade nua e crua
Que sangra pelas palavras
Infames que escrevi.
Eu sempre sonhei
Não viver teu sonho.
José
( foto do site olhares .com )

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Janelas ... Partidas


Ainda sinto preso em mim

Tuas mágoas

A tua tristeza desliza suavemente

Pela minha dor

Pagamos caro a existência

Dos nossos sorrisos

Não sabemos onde pára

Os nossos espelhos

As nossas mãos frias aquecem

O cansaço entranhado em nós

Sem saber onde chegarmos

Sinto na minha língua tua lágrima


José



( foto de olhares.com )




sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Ampulheta



Estou a ficar sem tempo



Estendo te minha mão



Pedindo teu tempo.



A cumplícidade quente



De gestos e toques amacia



O vazio da falta de tempo.



Guardamos sem mistério



Sem pressas num mundo



Sem nome por descobrir



Súplicando que o tempo não passe.





José





( foto de olhares.com